Poema criado após a primeira reunião.
Inicio do processo criativo...Maria da Terra vem surgindo.
O meu manto
No vai e vem do meu tear,
aqui dentro,
crio um manto que protege.
Aqui dentro tem muitos fios,
Alguns são inteiros, outros quebrados.
e mais alguns rasgados,
poucos remendados.
Aqui dentro tem linhas retas e tortas,
que se cruzam e se entrelaçam
como um grande tear;
É aqui dentro que eu teço quem sou eu.
Muitas vezes, ingênua nas minhas verdades
me perco no entrelaçar dos fios.
Dizem que a arte de perder é um mistério,
Pois é, tantas coisas contêm em si o acidente de perdê-las.
Mas se esse acidente não pode ser evitado
Precisa ser superado.
No vai e vem do meu tear,
aqui dentro,
gesto um manto que protege,
estou apenas no começo,
mas faço um manto que se cubra por inteiro.
Este uma perca não permito,
pois a arte de perder,
por muito que pareça,
não é um mistério,
é muito sério.
No vai e vem do meu tear,
aqui dentro,
crio um manto que protege.
Que me protege.
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