Sinopse


O espetáculo narra uma passagem fictícia, em plena ditadura militar, nos anos 70, numa pequena cidade do interior brasileiro, onde algumas mulheres recebem uma estranha encomenda do quartel militar: costurar e bordar uma bandeira brasileira para ser exibida na parada do dia seguinte. São mulheres simples.  A encomenda tem caráter de urgência e elas têm apenas uma madrugada para executar o serviço. A bandeira deverá ser entregue logo pela manhã do dia seguinte.
O fio condutor é estabelecido pelo coser de uma “bandeira”, por três mulheres, como elemento de ligação e mediação das representações simbólicas, focado numa discussão dos fundamentos das relações sociais e de gênero na contemporaneidade. É dizer das trocas realizadas no âmbito das instituições públicas e privadas da vida social. Assim, a história busca abordar o imaginário coletivo humano, as contradições manifestadas no coser da bandeira, simbolizando um território de pertencimento/despertencimento comum e contraditório, mediado e interligado pelo coser daquelas mãos de Maria e entoados pelas vozes de Simone. A mulher comum, a mulher do povo, representada pelas mãos de Maria e a mulher que grita e se coloca, representada pelas vozes de Simone.



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