segunda-feira, 4 de julho de 2016

Às Marias

            Ah Maria! Amo tanto seu jeito de ver as coisas como são. Que na simplicidade de ser, se revelam inteiras, de um jeito bruto, forte e belo. Bruto como as mãos sujas de terra, forte como a vida a fez, e belo como o brilho de seus olhos ao olhar e ouvir estrelas. Ah Maria! Seus olhos se tornam as próprias estrelas que, se formos capazes de ouvir, sentiremos a sua verdade. Maria que carrega a dor de muitas Marias.

            As coisas são como são, mas também são muito mais do que isso. Ah Maria! Mas essa capacidade de ver além das coisas é de poucos. É dos que sonham. E dos que veem muito mais do que a si mesmo. São essas coisas além que unem os seres... mas são tão fortes que também podem, muito mais vezes do que deveria, servir ao ódio capaz de apagar vidas. Toda a história está presente no sangue de cada Maria, e isso é o que nos move.

            O gozo do viver está em todos os que habitam entre o Céu e a Terra. Na sua origem não falta a ninguém, mas o durante é só daqueles que buscam e se permitem amar e viver. Viver já implica a constante possibilidade de morrer, sendo que o medo e a culpa cegam os reles mortais. Não tenha medo de sentir frio, abra o peito e sinta a brisa suave que arrepia todos os pelos; não tenha vergonha de mostrar a língua, abra a boca para o céu e sinta o gosto da chuva! Permite a ti mesma sentir quem és e amar a si.

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